SABATO DE SARNO DEIXA A GUCCI: O QUE VEM A SEGUIR PARA A GRIFE ITALIANA?
- Pietra Lafemina
- 7 de fev.
- 2 min de leitura

A dança das cadeiras no universo da moda segue intensa. Nesta quinta-feira (6), a Gucci anunciou oficialmente a saída de Sabato De Sarno da direção criativa da marca, menos de dois anos após sua nomeação. O estilista italiano, que assumiu a posição em janeiro de 2023 com a missão de modernizar e tornar a etiqueta mais comercial, apresentará sua última coleção para o outono/inverno 2025 no próximo dia 25 de fevereiro, durante a Semana de Moda de Milão.
Enquanto isso, o time de design interno assume temporariamente a criação até que um novo nome seja anunciado.
Um ciclo breve e desafiador
A aposta da Gucci em De Sarno foi uma tentativa de reencontrar o equilíbrio entre sofisticação e desejo comercial, após anos sob o maximalismo excêntrico de Alessandro Michele. Sua abordagem, marcada por uma estética mais minimalista e uma releitura dos códigos clássicos da maison, parecia promissora. No entanto, os desafios do mercado de luxo se mostraram um obstáculo significativo. As vendas da Gucci caíram 21% nos primeiros nove meses de 2024, refletindo uma tendência de desaquecimento do setor e a dificuldade em capturar a atenção do público.
Em um comunicado oficial, Stefano Cantino, CEO da Gucci, agradeceu a dedicação de De Sarno, destacando seu comprometimento com o artesanato e a tradição da grife. Francesca Bellettini, vice-CEO da Kering, reforçou que a marca seguirá construindo sobre esse legado para conduzir a Gucci a uma nova era de liderança e crescimento sustentável.
O futuro da Gucci: quem assume o comando criativo?
Com a saída de De Sarno, o grande questionamento agora é: quem será o próximo a assumir a Gucci? Nos bastidores da moda, especulações já começam a circular. Hedi Slimane, que recentemente deixou a Celine, é um dos nomes mais comentados. Seu histórico de revitalização de marcas como Dior Homme e Saint Laurent pode ser um atrativo para a Gucci, que busca retomar sua força no mercado.
Outro nome cotado é Maria Grazia Chiuri, atual diretora criativa da Dior. Seu olhar voltado para a feminilidade e o storytelling pode oferecer uma nova perspectiva para a etiqueta italiana. Além disso, Pierpaolo Piccioli, que trabalhou com De Sarno na Valentino, também é uma possibilidade. E, para surpresa de muitos, John Galliano, recém-saído da Maison Margiela, também entrou na roda de apostas.
A Gucci é a principal fonte de receita da Kering, representando cerca de 45% do faturamento do grupo. Com a queda expressiva nas vendas, a pressão para a escolha de um novo diretor criativo que consiga reacender o desejo pela marca é maior do que nunca.
O que esperar do próximo capítulo?
O próximo desfile da Gucci será um termômetro para entendermos como a marca pretende conduzir sua transição criativa. Ao longo das próximas semanas, rumores e apostas ganharão ainda mais força. Resta saber se o próximo nome a assumir a grife terá o que é necessário para devolver à Gucci seu status de desejo global.
Enquanto isso, o mercado e os fashionistas estão atentos. Façam suas apostas!
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